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sábado, 22 de março de 2008

Um pouco mais sobre o Anarquismo

Anarquia = Ausência de Governo "anarkhia", que não significa necessariamente "caos e confusão".

"...Outros grupos há, tanto à esquerda como à direita, que querem na teoria desembaraçar-se do governo, quer porque no momento azado a economia de mercado será tão livre que não necessitará mais de controle, quer porque na altura devida os indivíduos serão tão iguais que não haverá mais necessidade de constrangimento: mas as medidas que tomam parecem reforçar sempre mais o governo. Só os anarquistas querem desembaraçar-se do governo, na prática. Isso não quer dizer que pensem que todos os homens são naturalmente bons, idênticos, aperfeiçoáveis, ou qualquer outra cançoneta romântica. Quer dizer que calculam que quase todos os homens são sociáveis, iguais e capazes de viver a própria vida. Muitas pessoas dizem que o governo é necessário porque há pessoas que não sabem portar-se bem, mas os anarquistas dizem que o governo é prejudicial porque não se pode confiar em ninguém para conduzir os outros. Se todos os homens são de tal maneira maus que devam ser governados por outrem, dizem eles, quem é então suficientemente bom para governar os outros? O poder tende a corromper e o poder absoluto corrompe absolutamente. Por outro lado as riquezas da terra são produzidas pelo trabalho da humanidade inteira e todos os homens têm igual direito em tomar parte nesse trabalho e a gozar do seu produto. O anarquismo é um modelo ideal que exige, ao mesmo tempo, a liberdade total e a igualdade total."

http://ccl.yoll.net/

domingo, 7 de agosto de 2005

Espero que não sirva a carapuça...

Pseudo-anarkos. Só fazem asneira. Pensam que boicotar o Mc Donalds, quebrando as lojas por aí vai adiantar alguma coisa. Achei uma vez num site um adjetivo bem legal para eles: "pseudo-revoltadinho vestido de preto com spikes no braço e vocabuláriuo chulo, que se acha cheio de 'atitude' ". Eles têm a cabeça fechada; na maioria das vezes têm esse tipo de atitude apenas porque acham que tem que quebrar tudo aquilo que diz respeito ao "sistema" é a solução. Parece até que não sabem que dinheiro para os burgueses não é nada. No outro dia já está tudo em ordem. Adiantou alguma coisa? Não. E não vai adiantar. Atitudes de vandalismo não fazem parte do ideal anarquista, e muito menos aquilo que gera violência.

Kropotkin, Emma Goldman? Quem são esses?

domingo, 17 de julho de 2005

Proudhon e a educação

"... além das derivas que conduzem o seu impulso à escritura, nós apercebemo-nos que o sentido englobante dado por Proudhon ao conceito de “educação” leva-o a tratar tudo como um especialista, menos ainda como um técnico. O de libertar-se dos determinismos da natureza como dos da sociedade.

No fundo, se Proudhon, mais que alguém persuadido pela importância essencial da educação, tem no total escrito pouco sobre o assunto, e em todo o caso nunca lhe foi consagrado um exposto sistemático, é porque provavelmente ela é para si neste ponto fulcral importante, não sabendo tratá-la de uma forma isolada. Ela aplica-se a tudo o que diz respeito ao desenvolvimento humano, individual e social, é uma dimensão de todas as questões que coloca o futuro do homem e dos progressos que ele é capaz de juntar.

É isto que exprime esta declaração, no início e para assim no preâmbulo do estudo da Justiça evocada mais alto, que tem justamente como característica não isolar o tema educativo de cada um dos outros. Pelo contrário, ela insere-a no conjunto dos pontos de vista proudhonianos, para formar o objectivo final e o movimento a que pode conduzir:

“A educação […] constitui uma arte, a mais difícil de todas as artes; uma ciência, a mais complicada de todas as ciências, já que ela consiste em informar as mesmas verdades dos espíritos que não são semelhantes; a ter os mesmos deveres dos corações que não se abrem do mesmo lado da Justiça. A educação é a função mais importante da sociedade, aquela que tem ocupado mais as legislativas e o judicioso” ( Justiça, II, 333-336 ).

Não saberia portanto de admirar que o condensado do pensamento do nosso autor a este respeito, tinha tomado um lugar de destaque na ambiciosa obra onde Proudhon da maturidade quis juntar o conjunto do seu método, da sua moral e da sua filosofia social. Dando acima de tudo confiança às capacidades propriamente indefinidas da razão humana, o reformador afirma que apesar dos acolhimentos provisórios e mesmo da eventualidade - que o assusta - de um insucesso final, inscrito na própria liberdade, a virtude e o direito triunfarão. A Justiça, que é a plenitude do humano, impor-se-à. Ou então tudo se perderá.

Educar, educar sem trégua nem descanso, é a única forma de fazer emergir progressivamente esta ideia soberana da Justiça, para que ela se realize um dia senão na sua plenitude, ao menos com a aproximação mais parecida. É assim que o que é sempre tido por um observador e um analista das realidades, não excluem mesmo a hipótese pior, revela afinal de contas um optimista profundo, portanto activo.

O combate não parará nunca, porque a liberdade e a igualdade não são “naturais” mas adquiridas. Ou sobretudo conquistas para serem partilhadas. A humanidade será no futuro, mais progresso onde ela é capaz de só obter o concurso com todos os seus membros. “Democracia” é demopedia, educação do povo”, repete Proudhon ( Carnets, 5-12-51 e Cor. IV-217 ). Contudo, o homem está só face a ultrapassar a sua animalidade pela razão, ele é também indefinidamente perceptível. É preciso, portanto apostar sobre esta capacidade de evolução. Ela só pode conduzir a este respeito dos outros que não é definitivo que o amor consequente de si mesmo. Educação do povo e revolução autêntica são sinónimos. Ainda falta demonstrá-lo."

-> Texto retirado do site http://www.nodo50.org

sexta-feira, 1 de julho de 2005

Corrente Libertária

Aí está um texto legal sobre o induvidualismo humano e as relações disso com o ideal anarquista.
" A primeira pessoa a elaborar uma teoria claramente anarquista foi um individualista: William Godwin, em An Enquiry concerning Political Justice («Uma pesquisa sobre a justiça política»), obra publicada em 1793. Em reação contra os partidários e os adversários da Revolução Francesa, postulou uma sociedade sem governo e com o mínimo de organização possível, na qual os indivíduos soberanos deveriam preservar-se de qualquer forma de associação permanente apesar de numerosas variantes, é ainda a base do anarquismo individualista. É o anarquismo dos intelectuais, dos artistas e dos não-conformistas, das pessoas que trabalham sós e preferem ficar à margem. Desde a época de Godwin, seduziu várias pessoas do gênero, especialmente na Inglaterra e na América do Norte, por exemplo personalidades como Shelley e Wilde, Emerson e Thoreau, AugustusJohn e HerbertRead. Podem atribuir-se a si próprias outra etiqueta, mas sente-se sempre o individualismo transparecer nelas. Talvez nos faça um pouco cair no erro limitar o individualismo a uma espécie de anarquismo; o individualismo teve uma influência profunda sobre todo o movimento anarquista e, se se observa os anarquistas, vê-se que é ainda uma parte essencial da sua teoria, ou pelo menos da sua motivação. Os individualistas são, poder-se-ia dizer, os anarquistas de base, que desejam simplesmente destruir a autoridade e não vêem a necessidade de pôr o que quer que seja no seu lugar. É um ponto de vista válido até certo ponto, mas não vai suficientemente longe para afrontar os problemas reais da sociedade a qual tem certamente mais necessidade de cação social que pessoal. Só podemos salvar-nos a nós mesmos mas nada podemos fazer pelos outros. Uma forma mais extrema do individualismo é o egoísmo, sobretudo sob a forma expressa por Max Stirner, em Der Einzige und sein Eigentum («O único e a sua propriedade»), obra publicada em 1843. Como acontece com Marx ou Freud, é difícil interpretar Stirner sem irritar os seus discípulos, mas pode-se ainda assim dizer que o seu egoísmo difere do individualismo em geral, porque rejeita abstrações tais como a moralidade, a justiça, a obrigação, a razão, o dever, em proveito dum reconhecimento intuitivo da existência única de cada indivíduo. Recusa evidentemente o Estado, mas recusa igualmente a sociedade e tende para o niilismo (a idéia de que nada tem importância) e o solipsismo (a idéia que nada existe fora de si mesmo) . É claramente anarquista, mas de maneira essencialmente improdutiva, já que qualquer forma de organização que vise para além duma efêmera «união de egoístas», é considerada como fonte duma nova opressão. É o anarquismo dos poetas e dos vagabundos, dos que querem uma solução absoluta e recusam todo o compromisso. É a anarquia aqui e agora, se não no mundo, pelo menos na nossa própria vida. Uma tendência mais moderada que deriva do individualismo é a corrente libertária. No sentido mais simples, significa que a liberdade é uma boa coisa; num sentido mais estrito, é a idéia que a liberdade é o fim político mais importante. Assim, o «libertarismo» não é tanto um tipo específico de anarquismo quanto uma forma temperada deste, um primeiro passo. Emprega-se por vezes tal termo como sinônimo ou eufemismo para o anarquismo em geral, logo que há qualquer razão para evitar uma palavra demasiado pesada de emotividade mas mais amiúde significa o reconhecimento de idéias anarquistas num domínio particular, sem que isso implique a aceitação completa do anarquismo. Os individualistas são libertários por definição, porém os socialistas libertários ou os comunistas libertários são os que trazem ao socialismo ou ao comunismo o reconhecimento do valor essencial do indivíduo."
Retirado do site: http://ccl.yoll.net/texto5.html


"Antes de pensar em estabelecer a anarquia no mundo, devemos ser capazes de viver como anarquistas." (Errico Malatesta)

domingo, 26 de junho de 2005

A praga da ignorância

" ... A única solução contra esta tamanha manipulação é o pensar. Quando pensamos, quando perguntamos o porquê, enxergamos a verdade crua sobre o mundo, abandonando os pré-conceitos existentes e abrindo mão deste triste mundo fantasioso ao qual somos obrigados a aceitar. Isto se chama liberdade. Isto se chama anarquia."

Muitos pensadores, filósofos, políticos ou simplesmente revolucionários tiveram suas ideologias distorcidas. Uma delas, bastante afetada, foi a anarquista. Não nos deixemos levar por um simples efeito midiático e relacionar bagunça diretamente com anarquismo. Sejamos informados e livres para opinar. Não adianta apenas reclamar do mundo e não fazer nada por ele. Se não sabe o que fazer por ele, comece por você. Mude suas atitudes.

Rumo a liberdade!

Pergunto-me: O que fazer com uma sociedade totalmente robotizada? Há um meio de libertá-la de uma infinidade de coisas que a prende em um mundo totalmente manipulado? Às vezes aquela musiquinha da Pitty faz sentido, "Admirável chip novo".