segunda-feira, 30 de janeiro de 2006

Prólogo de Zarathustra

"Mostro-vos o super-homem. O homem é algo que deve ser sobrepujado. Que tendes feito para sobrepujá-lo ? Todos os seres até hoje criaram alguma coisa superior a si mesmos; e vós quereis ser o refluxo deste grande fluxo e até mesmo retroceder às bestas, em vez de superar o homem?"

(Friedrich Nietzsche - 1883)

O "Übermensch" (sobre-humano). O "super-homem" de Nietzsche é o pináculo que o homem poderia conquistar, estando acima de qualquer lei, regra ou superstição, das quais somos manipulados desde que nascemos. O "Übermensch", personagem que no prólogo é chamado de Zarathustra, é seu próprio senhor e para ele não existem medos, apreensões ou ressentimentos. A cada situação, é capaz de se tornar "servo" ou "líder", desde que necessário.

O homem, porém, está distante dessa criatura potencial, pois sua mentalidade é de escravo - seja de algum deus, seja do próprio objeto do homem.

sexta-feira, 27 de janeiro de 2006

quarta-feira, 11 de janeiro de 2006

domingo, 1 de janeiro de 2006

Eterna Recorrência dos tempos

Nietzsche acreditava que existe no cosmos um número finito de "quanta de potência" - que possivelmente gera potencialidade a vida e a toda história - e que ao se arranjarem no Universo, se repetem ao longo do tempo infinito, de períodos em períodos.

Eternamente os tempos serão os mesmos. Nossas vidas e todos os acontecimentos se repetirão quando as "quanta de potência" acabarem seu ciclo e o reiniciarem novamente.

Agora, imagine sua vida assim, nas palavras de Nietzsche:
"Se um dia ou uma noite, um demônio se esgueirasse até você e, penetrando na sua mais solitária solidão, lhe dissesse: "Esta vida, da maneira como você vive agora e já viveu antes, você terá que vivê-la mais uma vez e outras inumeráveis vezes; e não haverá nada de novo nela, mas cada tormento e cada alegria e cada pensamento ou suspiro e cada coisa imensuravelmente pequena ou grande em sua vida, deverá retornar a você — tudo na mesma sucessão e seqüência..." Como não atirar-se ao chão, rangendo os dentes e amaldiçoando o demônio que assim lhe falou? Ou você alguma vez já experimentou aquele formidável momento em que teria respondido a ele: "És um deus, e jamais havia escutado algo mais divino."... Como teria você se tornado tão bem disposto perante você mesmo e a vida para chegar a não desejar coisa alguma mais ardentemente que este supremo desígnio e esta confirmação eterna?"