domingo, 1 de janeiro de 2006

Eterna Recorrência dos tempos

Nietzsche acreditava que existe no cosmos um número finito de "quanta de potência" - que possivelmente gera potencialidade a vida e a toda história - e que ao se arranjarem no Universo, se repetem ao longo do tempo infinito, de períodos em períodos.

Eternamente os tempos serão os mesmos. Nossas vidas e todos os acontecimentos se repetirão quando as "quanta de potência" acabarem seu ciclo e o reiniciarem novamente.

Agora, imagine sua vida assim, nas palavras de Nietzsche:
"Se um dia ou uma noite, um demônio se esgueirasse até você e, penetrando na sua mais solitária solidão, lhe dissesse: "Esta vida, da maneira como você vive agora e já viveu antes, você terá que vivê-la mais uma vez e outras inumeráveis vezes; e não haverá nada de novo nela, mas cada tormento e cada alegria e cada pensamento ou suspiro e cada coisa imensuravelmente pequena ou grande em sua vida, deverá retornar a você — tudo na mesma sucessão e seqüência..." Como não atirar-se ao chão, rangendo os dentes e amaldiçoando o demônio que assim lhe falou? Ou você alguma vez já experimentou aquele formidável momento em que teria respondido a ele: "És um deus, e jamais havia escutado algo mais divino."... Como teria você se tornado tão bem disposto perante você mesmo e a vida para chegar a não desejar coisa alguma mais ardentemente que este supremo desígnio e esta confirmação eterna?"

Um comentário:

  1. gostei hehe, Nietzsche sempre pegou no pé dos fanaticos que sempre louvam a sesu deuses sobre tudo e realcionam a ele tudo o que vem de "bom" no mundo

    trocando o tal deus por um demonio ele quis mostrar as inteções malignas contidas na filosofia da submissão

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